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Sindicatos dos Farmacêuticos de SP, RJ e PR alinham estratégias

Os Sindicatos dos Farmacêuticos dos Estados de São Paulo (SINFAR/SP), Rio de Janeiro (SINFAERJ) e Paraná (SINDIFAR-PR) realizaram, na noite de 30 de outubro, uma reunião conjunta para debater a situação das negociações coletivas em cada estado e definir possíveis ações coordenadas, diante do cenário de impasse e desrespeito por parte do setor patronal do comércio varejista farmacêutico.

Segundo os dirigentes, embora cada estado apresente suas próprias peculiaridades e demandas, o ponto em comum é a falta de reconhecimento e valorização dos profissionais farmacêuticos, que enfrentam jornadas exaustivas, ausência de reajuste salarial adequado e descumprimento de direitos básicos.

O presidente do SINFAERJ, Leonardo Legora, destacou que o estado de greve no Rio de Janeiro foi aprovado em assembleia com centenas de farmacêuticos, em reação à “falta de reajuste, à opressão nas condições de trabalho e ao descumprimento de direitos legais, como o adicional de insalubridade, a folga quinzenal e o acúmulo de funções de até 40%”.

O SINDIFAR-PR, representado por seu presidente Fábio Santana, reafirmou o compromisso da entidade com a defesa da categoria e relatou que as negociações com o sindicato patronal se arrastam desde fevereiro de 2025. “Somente em outubro foi aceito o índice de reajuste de 5,5%, mas a recusa patronal em conceder duas folgas semanais coincidentes com os domingos motivou o estado de greve no Paraná”, afirmou.

Já a presidente do SINFAR/SP, Renata Pereira, reforçou que a situação em São Paulo reflete o mesmo desrespeito enfrentado pelos colegas de outros estados:

“Os farmacêuticos paulistas estão esgotados de esperar pela boa vontade patronal. O setor ignora nossas pautas de valorização, não apresenta contrapropostas razoáveis e se limita a tratar o tema sob a ótica puramente econômica, desconsiderando o papel essencial do farmacêutico na saúde pública.”

Os três sindicatos informaram que continuarão em articulação permanente e poderão adotar medidas conjuntas nas próximas semanas, caso não haja avanços nas mesas de negociação com as entidades patronais.