Entenda a convenção coletiva de trabalho aprovada - Farmácias e Drogarias (Exceto Grande ABCD)
A campanha salarial de 2021 contou com a participação de mais de cinco mil trabalhadore(a)s farmacêutico(a)s na realização de três assembleias.
A assembleia que aprovou a proposta para a Convenção Coletiva de Trabalho foi realizada de forma remota e contou com a deliberação de quase dois mil farmacêutico(a)s, sendo 71% favoráveis.
Entendendo o reajuste salarial
- A partir de 1º de julho de 2021 será aplicado o percentual de 4,5% (quatro e meio por cento) – Com pagamento do retroativo nos meses de julho e agosto e setembro.
- A partir de 1º de janeiro de 2022 será aplicado o percentual de 5% (cinco por cento) somando-se o valor resultante ao salário reajustado em 1º de julho de 2021, portanto, essa segunda parcela não será retroativa a 1º de julho de 2021, surtindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2022.
Como fica o piso salarial:
- No período de 1º de julho de 2021 até 31 de dezembro de 2021 – piso salarial mensal de R$ 3.487,00 (três mil e quatrocentos e oitenta e sete reais).
- No período de 1º de janeiro de 2022 até 30 de junho de 2022 - R$ 3.654,00 (três mil e seiscentos e cinquenta e quatro reais).
Se houver rescisão de contrato de trabalho antes de Janeiro/2022 a segunda parcela deverá ser antecipada, com o pagamento das diferenças e reajustada para efeito dos cálculos das verbas rescisórias.
A Convenção Coletiva de Trabalho completa estará disponível em breve em: https://www.sinfar.org.br/servicos/convencoes-coletivas
Avaliação da situação atual
A crise sanitária, política e econômica impactam de forma direta na vida dos trabalhadores e nas negociações coletivas, tanto é verdade que os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) demonstram que mais de 60% dos reajustes de todo o Brasil sequer alcançaram o Índice Nacional de Preços a Consumidos (INPC)
Entendemos que o setor representado pelo varejo farmacêutico teve crescimento acima da média de outros impactados pela crise e, mais uma vez, demonstraram pouco ou nenhum interesse no debate sobre questões tão relevantes à categoria farmacêutica.
No reajuste salarial negociado e aprovado de 9,5% embora superior à inflação (9,22% - INPC julho/2021) o seu parcelamento não representa o ideal.
O ponto positivo fica por conta da ampla participação da categoria nas assembleias virtuais e para continuarmos mantendo o SINFAR-SP e avançarmos na luta por melhores condições de trabalho é essencial a contribuição financeira com a associação ao sindicato.
E se é um consenso que para superar todo o cenário precisamos da atuação forte do sindicato o SINFAR-SP passa pelo momento mais difícil de sua história de 75 anos.
Hoje o SINFAR-SP é mantido única e exclusivamente com a contribuição de seus sócios. Se até 2017 contávamos com atendimento na sede e em 7 regionais pelo estado, com cerca de 30 funcionários para atender toda a categoria. Hoje, sem recursos financeiros, o sindicato mantém apenas atendimento remoto e conta com 3 funcionários o que não é suficiente para atender as demandas de mais de 60 mil trabalhadores farmacêuticos.
As garantias da convenção coletiva são direito de todos os farmacêuticos, inclusive aos que não contribuem com o SINFAR-SP, o fim das negociações pela falta de recursos financeiros, causará prejuízo irreparável à toda categoria com a extinção de todos os direitos da convenção, inclusive com o fim do piso salarial.