O SINFAR/SP irá comunicar oficialmente a Drogaria São Paulo sobre os resultados da assembleia e os pontos de insatisfação apresentados pela categoria
O Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SINFAR/SP) realizou ontem, dia 24 de junho, assembleias no período da manhã e da noite com farmacêuticos da Drogaria São Paulo para discutir as recentes alterações na jornada de trabalho implementadas unilateralmente pela empresa. Participaram das assembleias, realizadas de forma virtual, 309 profissionais da rede.
A assembleia foi convocada após a empresa impor mudanças nas escalas de trabalho sem qualquer negociação com o sindicato ou com os trabalhadores.
Durante os encontros, os farmacêuticos relataram diversos problemas relacionados à nova organização do trabalho. Entre os principais pontos levantados pela base estão:
- Falta de padronização nas escalas e ausência de transparência sobre folgas consecutivas;
- Divulgação das escalas com apenas uma semana de antecedência, o que inviabiliza o planejamento pessoal e familiar;
- Negativa de folgas duplas para trabalhadores de lojas fechadas aos domingos, com pedido para que ao menos uma folga dupla mensal seja garantida;
- Dificuldade em garantir folgas aos sábados e domingos, o que compromete o descanso pleno;
- Risco de exaustão com o aumento da jornada, agravado pela falta de estrutura mínima, como assentos e pausas adequadas;
- Preocupação com a perda de direitos: trabalhadores denunciam que, antes, ao trabalhar nos feriados, tinham direito a um dia no banco de horas e uma folga extra — o que não está sendo respeitado no novo modelo.
Diante dos fatos, 70% dos farmacêuticos deliberaram pela rejeição à alteração da jornada de trabalho imposta pela empresa.
O SINFAR/SP irá comunicar oficialmente a Drogaria São Paulo sobre os resultados da assembleia e os pontos de insatisfação apresentados pela categoria.
“O modelo de jornada não pode ser decidido de cima para baixo. A empresa precisa ouvir quem está na linha de frente, garantindo condições dignas e previsíveis de trabalho”, declarou a Presidente do SINFAR/SP, Renata Pereira.
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