O conceito de “consumidor 5.0” ganhou força no setor de farmácias. É assim que os empresários chamam você! Para nós, farmacêuticos, vocês são nossos pacientes e não consumidores em potencial. A adoção de estratégias de marketing e vendas que equiparam farmácias a shoppings centers, com foco em persuasão e aumento de lucros, coloca em risco a sua saúde.

O termo “consumidor 5.0” refere-se a uma abordagem que utiliza tecnologia e personalização para atrair clientes, com base em seus hábitos de consumo. No entanto, essa visão é incompatível com a essência das farmácias, que têm como missão principal o cuidado com a saúde e o bem-estar da população.

A transformação de pacientes em consumidores pode levar à banalização de problemas de saúde, priorizando a venda de produtos em detrimento do atendimento adequado.

Quando uma pessoa entra em uma farmácia, ela espera ser acolhida e orientada, não persuadida a comprar algo que não precisa.

Esse modelo de negócios adotado por grandes redes de farmácias afeta diretamente a responsabilidade social inerente ao setor. Enquanto algumas empresas buscam maximizar lucros, defendemos que o foco deve ser o encaminhamento adequado para os diversos problemas de saúde da população, garantindo acesso a tratamentos e medicamentos de forma ética e responsável.

A solução? Reforçar o papel do farmacêutico como agente de saúde pública, e não como vendedor de produtos! Essa é a luta por valorização do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.